terça-feira, 2 de setembro de 2008

Água Viva

Descobri a um tempo atraz que no meu trabalho tem uma pequena biblioteca, onde os livros foram doados pelos próprios funcionários.
Estava olhando e vi uns livros um tanto interessantes, como O Código da Vinci, que eu já li, A Arte da Guerra, que vou ler e Água Viva, que estou lendo.
Este que estou lendo é da Clarice Lispector, autora da qual gosto bastante do estilo de escrita.
Este livro é um tanto quanto enrrolado. Parece que ela está escrevendo para alguém falando de vários assuntos diferentes, até dela mesma.
Algumas coisas li e até grifei, por lembrar de outras coisas, como:





  • "Estou num estado muito novo e verdadeiro, curioso de si mesmo, tão atraente e pessoal a ponto de não poder pintá-lo ou escrevê-lo"


Quando li essa parte no livro, realmente estava passando por uma parte estranha da minha vida. Muito nova e pessoal além da conta. Curiosa demais para mim mesma e atraente até agora. Como escrever, realmente não sei, vamos dizer apenas que estou gostando desta parte nova!






  • "Posso não ter sentido, mas é a mesma falta de sentido que tem uma veia que pulsa"


Pessoas têm me dito que não me entendem. Não sabem se falo a sério ou apemas brincadeira, em certos momentos, por causa de determinados assuntos.
O que fazer? Souassimesoufeliz'





  • "Escrevo por profundamente querer falar. Embora escrever esteja me dando a grande medida do silêncio"


Escrevo. Gosto de escrever. Me sinto mais a vontade escrevendo do que falando. Escrevendo meu pensamento corre livre por mente a fora, diferente das palavras, que, por vezes, ficam restritas num canto da boca. Quero muito falar as vezes, mas não o faço. Então escrevo pela vontade de falar, apesar de escrever me fazer apenas ficar no silêncio.
Sinceramente não me importo. Lêem apenas quem eu gostaria que lessem mesmo. Do resto não me interessam. Pelo contrário, até prefiro que não cheguem aqui!




  • "... porque te amo se não me respondes? envio mensageiros em vão; quando te cumprimento te ocultas a face; por que te amo se nem ao menos me notas?"

Esta parte me lembrei de uma amiga. Ela que sofre bastante com essa situação. Realmente não entendo como alguém consegue "amar" sendo rejeitado. Não entendo mesmo. Não entendo pois já fui vítima desta situação. Não cheguei ao extremo do sentimento por outrem, mas já gostei bastante.
Arrependimentos? NUNCA'
Nenhum sentimento dado é perda de tempo. Só é burrice! (sorriso escancarado no canto da boca)




  • "Você tornou-se um eu. É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar: olhei para você fixamente por uns instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade."

Esta parte foi somente porque gostei muito. Me lembra de momentos em que parei olhando para um certo alguém. Momentos em que são apenas meu segredo. Sabem aquela olhada que você dá e te certeza que ninguém reparou o tipo de olhar? Um olhar normal, onde, no fundo mesmo, de normal nada tem.
Estado agudo de felicidade... qualquer dia eu consigo!


Valeeu, vou lá, pois o sono já está castigando.
Mas ó, eu volto!
Beijo, beijo, beijo, TCHAU!