sábado, 17 de outubro de 2009

THE BIG BANG THEORY


Raj: Não estou dizendo que não gosto do Lanterna Verde. Só acho meio bobo que a fraqueza dele seja a cor amarela.

Sheldon: Mas isso acontece apenas com o Lanterna Verde moderno.

Leonard: Verdade. O Lanterna Verde da Era de Ouro era derrotado pela madeira.

Raj: Então. Eu derrotaria os dois ao mesmo tempo usando um lápis número 2.

Sinto Falta

Sinto falta. Não sei exatamente do quê, mas sinto. E muita.
Sinto falta das minhas amizades de infância. Não digo exatamente dos amigos, pois os amigos mesmo da minha infância ainda os tenho até hoje, mas sinto falta do tipo de amizade, como aquela que eu ia pra casa dela depois do colégio, voltava pra minha casa pra almoçar e depois ia pra dela de novo e assim ia o dia inteiro e no outro dia de novo e de novo.
Sinto falta de comprar três gamadinhos ou quatro balas por 10 centavos.
Sinto falta de poder dormir até tarde sem ter a obrigação de ir para o trabalho.
Sinto falta de não conhecer os prazeres da carne e logo não perceber a falta do mesmo.
Sinto falta de um amigo que há muito se mudou para bem longe e tenho que me contentar com a voz dele ao telefone.
Sinto falta de comer bolinhos de arroz da minha bisa avó nas tardes de semana. Sinto falta da minha Bisa-avó.
Sinto falta de ter um amigo a quem recorrer a QUALQUER MOMENTO, agora todos estão ocupados em algum momento do dia ou moram longe demais para eu recorrer.
Sinto falta de um abraço.
Sinto falta de não sentir falta, de não me importar, de não me sentir mal com determinadas coisas. Sinto falta de quando eu REALMENTE não ligava para muitas coisas bestas que agora, estupidamente, eu ligo e não sei o motivo, ou, na verdade, eu saiba e não queira acreditar. Sinto falta da minha mãe sempre comigo.
Sinto falta da Mídian de antigamente.
Enfim, não reconheço o mundo de agora, não reconheço as crianças de agora, tão precoces, quase não me reconheço em determinadas reações, e pior: em determinadas ações.

Querer é poder?

O desejo realmente muda uma pessoa? Dá-nos poder?

"Se a fé move montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível... "

"Querer é poder!"

S e r á ?

Eu quis e eu pude em muitas situações. Situações das quais nunca pensei que conseguiria, que poderia.
O problema de muitas pessoas é que, quase sempre, quando têm o que tanto desejam, acabam fazendo a coisa errada o que os levam a perder o que têm em mãos. Desejam, desejam e desejam tanto que acabam lutando e conseguindo, mas muitas vezes, pelo mau uso, perdem o que conquistam com tanto suor. Aí vem o efeito final do "ecstase", a depressão. Dizendo-se culpada e que não sabe o que fez. Mas e quando a pessoal não tiver feito nada? A culpa realmente não for dela. O que se faz?

"Pior é te querer, te ganhar e te perder..."

Sugiro não ganhar.
Para ter e depois perder sem ter culpa, é melhor que não tenha. Quando desejamos muito alguma coisa e não a temos, ficamos na ânsia daquilo até conseguirmos, mas se demora muito tempo a ânsia de pouco a pouco vai acabando. É doloroso, mas não mata, eu sei.
Já quando se quer alguém e a consegue e se perde sem culpa, primeiramente você fica se perguntando o que fez de errado, mas quando nada se fez de errado é difícil aceitar, pois não terá ninguém para lhe falar que você nada fez e mesmo se tiver você não vai acreditar que não tenha culpa alguma, muito menos sugerir a idéia de que a culpa não é sua.
O melhor a se fazer é esquecer. Quando o pensamento sobre isto lhe vier a cabeça, foque ele em outra coisa. Vá ler um livro, comece a cantar uma música, puxe conversa com alguém, comece a falar sozinho, daí vai de acordo com a imaginação, só não pode deixar o pensamento solto para ir aonde quer, pois dele não temos o controle que achamos que temos. Mergulhe de cabeça em algo que esteja fazendo no momento, seja estudos, trabalho, experiências, novas amizades, Whatever.

Afinal, a idéia inicial e final é você ser feliz, e não vai ser nenhuma tentativazinha inconsciente e fracassada que vai lhe desviar a direção. Boa Sorte!

O Começo de Nada


Tudo começou naquela festa. Sem planos, sem pensamentos, sem idéias, sem vontades, sem esperanças.
A idéia inicial era apenas nos divertir e assim estava sendo, até que o dono da casa chega e acaba (pensa ele) com a nossa alegria. Mas não necessitávamos de uma casa para nos divertir, existiam calçadas e nós tínhamos a bebida. E foi depois de muito divertimento, quando todos decidiram ir embora e fomos levar a primeira em casa foi que algo inesperado acontece: "o carro parou por quê?" Ao que alguém, depois de verificar, diz: "acabou a gasolina!"
Naquele tempo frio e naquela chuva chata a única coisa que nos restou foi esperar. Ela atrás, eu na frente e ele ao meu lado. Depois de tanta bagunça, nada mais normal era do que o cansaço do dia, deitei no colo dele. Relaxei. Nunca um carinho foi tão bem vindo como naquele momento. Decidi abrir o olho depois de algum tempo e vi que outro par de olhos me encarava. Um olhar misterioso que ao mesmo tempo em que não mostrava nada, me fazia ver tudo. Um olhar que cada vez chegava mais próximo de mim, me levando a sensações que eu não esperava naquele dia, naquele momento e ainda menos com aquela pessoa. Cada vez mais próximo, sem piscar, ao que percebi que eu também não conseguia fazê-lo. De repente os olhos se fecham ao encontro das bocas: um beijo inesperado.
Nunca um pensamento trabalhou tão rápido consigo:

- "O que está acontecendo aqui? Ai meu Deus! Como...? Mas isso... não pode ser! Não posso fazer isso, ele é meu amigo. E depois? Como fica?"
- "Não fica!"
- "Como assim não fica? Já caí nessa uma vez, não quero cair de novo. Não quero quase perder outra amizade assim"
- "Isso! Não faça nada! Pare agora! Ainda há tempo!"
- "Agora? Isso! Boa idéia! Melhor não arriscar."


Ao que as bocas se separam, os olhos mais uma vez fitados um no outro e ouço:
- "Sempre quis fazer isso..."

(Em pensamento)
- "Perdi"

Hoje em dia, depois de muito tempo e de tantas histórias envolta das mesmas pessoas, quando perguntam "o que aconteceu entre vocês?" a única resposta dita: "Nada".
E o único pensamento: "Eu não sei..."