segunda-feira, 19 de março de 2012

Pulando Fora


Eu queria saber em qual parte do caminho a gente se perdeu. Quando foi que as luzes começaram a se apagar e perder todo o colorido. Era tudo tão bom, tão gostoso de se viver. Mesmo sem nenhum direito eu já comecei a te imaginar na minha vida, a te sentir comigo. Você não estada sempre do meu lado, mas estava sempre comigo e não me peça para te explicar, eu não saberia. Esse tipo de sentimento não dá pra se explicar, é o que dizem. Mas quê sentimento? Do que eu realmente estou falando? Não sei e nem me importa.

Como é que você há 165 km's de distância de mim se fez tão presente na minha vida eu não sei, mas por favor, mire a minha direção, tê 180 graus a direita ou a esquerda e faça mais 165 km's e não mantenha contato. Ou melhor, exclua a sua conta do facebook e seu MSN.
É nesses momentos que eu queria ser a Kate Winslet em Um Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e participar de um projeto experimental para apagar memórias.

Você foi o melhor que eu nunca tive e isso muito me preocupa. Agora tenho medo do que virá depois de ti, pois sinto que acabarei fazendo comparações entre gostos e palavras. Ainda bem que nunca tive seu olhar de encontro ao meu e nem pude apresentar meu calor ao seu corpo. Essa falta sim demora muito mais para superar. Exatamente, superar. Acha mesmo que ficarei esperando você decidir se fica com o grande amor que te machucou no passado, mas ainda assim é seu grande amor ou a mim que sou só uma oportunidade de felicidade?

Você sabe que eu gosto de você, isso para não citar outros nomes que assustam muito mais a qualquer um que se encontra na minha situação, mas acho que tô começando a cansar de te querer tanto. Como você mesmo me disse certa vez: "não fique triste, foi tudo tão bonito". E eu fico até hoje tentando concordar com isso. Não que eu não concorde, eu concordo! Só não associo.

Eu neguei tanto tanto tanto. Eu não queria me deixar envolver com um bonitão-simpático-inteligente-engraçado que nunca vi na vida e estava me oferecendo felicidade em troca de uma redenção ao seu charme, pois sabia que o momento não-quero-mais-saber-de-você chegaria. Mas você, galanteador, foi se mostrando uma pessoa diferente de todos os outros e, sinceramente, não sei de onde tirei isso, pois palavras são uma coisa tão fácil de se passar por escrito. Quem me garantiria que tudo o que você estava me escrevendo era real, se nem senti o tremor dos seus lábios e a veracidade de seus olhos ao pronunciá-las perante a minha presença.



Mas, de qualquer forma, acabei me rendendo ao seu jeito e me entreguei. Talvez o meu mal é não saber me entregar pela metade. Quando eu gosto, eu gosto muito. Comigo é tudo muito. Eu estava me jogando em um caminho que eu não conhecia, ou achava que conhecia, e, assim, estava indo direto para o meu precipício sem orientação alguma, mas sempre com um sorriso na face e disso eu não me arrependo.

Talvez a partir de amanhã eu não consiga mais ouvir ninguém me chamar de besta sem me lembrar de você e, é claro, que terei que excluir todo o álbum dos Los Hermanos da minha biblioteca para evitar algum futuro suicídio emocional.

Você não disse que não me quer, ainda. Mas eu, dessa vez, decidi não brincar mais de par ou ímpar. Esperar o resultado desse jogo me dói muito, e pior, participar dele é cruel.
E eu quero a sua amizade. Nunca te falarei disso, claro, e espero que você não tenha se lembrado do endereço daqui, como sempre.
Fingirei total descaso da sua vida a partir de amanhã, ou talvez depois, ainda não sei bem o nível da minha força para lidar com isso. Apenas sei que decidi não participar mais do seu jogo.

Que você é um grande rapaz eu não tenho dúvidas. Se eu encontrarei outro igual a você eu duvido seriamente. Lembra que certa vez disse que queria muito a sua felicidade, comigo ou não? Então, agora que você está em dúvida, estou lhe ajudando fechando um caminho. Vá lá e seja muito feliz. Se der certo ou não, apenas lembre-se que sempre estarei aqui para conversarmos sobre textos do Arnaldo Jabour ou músicas com letras sugestivas. Beijo grande. Se cuida. E não se esqueça que eu te amo!

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